terça-feira, 6 de abril de 2010

Histórico

  Um Ponto em cada Ponto


A comunidade civil organizada se programa para a criação dos pontos, antes mesmo dos editais. Faço o contato com as associações de bairro, apresento a proposta à direção/presidência da associação. A entidade convoca a comunidade, verifica se há interesse. Havendo, volto numa terceira reunião, para conversar sobre o que já acontecera em outros bairros em que mediei. A comunidade busca o espaço, os voluntários. Caso precise de reforma do espaço físico, buscamos no comercio local apoio para isso. Entidades como o Lions Clube e CDL, sindicatos, universidades, Academia de Letras, são contactadas para a arrecadação dos livros e para compra/doação de prateleiras, material de escritório básico.
Montada a equipe, eu treino o pessoal no que diz respeito a atendimento e registro dos empréstimos. Aí, a comunidade, de forma autônoma, mantém o projeto, o que pode acontecer timidamente, do início, até que venham os editais públicos. Uma vez abertos os editais, convoco a equipe para treinar, com oficinas de produção de projeto escrito. Envia-se o projeto, enquanto continua-se o trabalho.
Nos dois Pontos que coordeno, já temos mais de 8000 empréstimos registrados, em pouco mais de um ano de registros, com mais de 400 famílias cadastradas, rodas de leitura, oficinas de leitura, pintura, escrita, reciclagem, xadrez, flauta e violão. Foram mais de cinquenta entidades envolvidas, depois de recebida a carta do Ministério chegar confirmando nossa aprovação/reconhecimento como Ponto de Leitura.


Assim, em 2010, com o patrocínio do Lions Clube de Irecê, abrimos o Ponto de Leitura São Francisco/Lions, no bairro São Francisco. Uma iniciativa que teve o apoio da Associação do Bairro, através de seu presidente Amaraí, o qual cedeu um espaço de sua casa para o projeto, para um período de dois anos, além de várias voluntárias dispostas a contribuir para o avança de sua comunidade. Foram conseguidos mais de mil livros e reforma do espaço com o patrocínio do Lions Clube.


Participarei, no primeiro semestre de 2011, de reunião no bairro Baixão de Sinésia, um dos bairros mais carentes da cidade, com baixíssimo índice de desenvolvimento. O primeiro passo é garantir à comunidade que não sou partidário, nem político. Sou apenas professor e poeta, incandidatável, inelegível e infiliável. Não voltarei lá para pedir voto. Voltarei para pedir leitores. Assim, a comunidade e as entidades dão credibilidade ao projeto. Num segundo momento, estarei no povoado de Umbuzeiro, com o mesmo objetivo. A experiência de Irecê está aí. Replique-se, discutam suas realidades e não se contentem com o "seu" ponto de leitura. Incentivemos a cada bairro, povoado, vila ou distrito. Repliquem em suas cidades o projeto "Um Ponto em cada Ponto".


Nosso histórico fotográfico pode ser visto nas páginas do orkut:

http://www.orkut.com.br/Main#AlbumList?uid=4590493423912598542


Moacir Eduão - Coordenador do Solar da Boa Vista Castro Alves
Membro fundador da ALI - Academia de Letras de Irecê (Bahia)
74 9998-7919 / 3641-6093 Das 10 às 17:00 h

Em 2011, o projeto completa dois anos de atuação oficial.


O Solar da Boa Vista Castro Alves é um projeto para a comunidade, sem fins lucrativos ou político-partidários, idealizado por um escritor, para atender a bairros carentes próximos à rua Castro Alves, em Irecê/Bahia. Inicialmente, tímido, pelo pequeno espaço, o trabalho tem mostrado que é possível fazer muito mais na promoção da inclusão literária. O Ministério da Cultura enviou um computador, 3 pufes, e 650 livros.


Já temos uma parceria com a Fundação Dorina Nowill para Cegos, de São Paulo, que nos envia livros em Braile e audio books.



 Funcionando há algum tempo sem que fosse feito um ato solene, festejamos, em 22 de novembro de 2009, apresentando à sociedade os resultados de um trabalho intenso, nessee período de inclusão. Até agora, foram mais de 7.000(sete mil) empréstimos de livros, acesso a periódicos, revistas em quadrinhos, além de acesso a pesquisas, via Internet, essas últimas, possibilitadas através da parceria com a Holística, que também compreendeu a importância do Solar da Boa Vista, instalado justamente num bairro carente de espaços socializadores da cultura. Entre os trabalhos realizados, foram formadas turmas para Oficinas de Pintura e Criação Literária, ministradas pela estudante de Letras da UNEB, Fabiane Ferreira Neiva, que desempenhara papel fundamental de assistência ao Ponto de Leitura. Também foram conduzidas por ela as apresentações de fantoches, em que bonecos animaram crianças de todas as idades, através de estórias e fábulas fascinantes, o que leva as pessoas ao mundo da arte e das imagens. A ludicidade atua de forma mágica para o convite de todos ao mundo da leitura. A arte do Xadrez foi a oficina ministrada pelo mestre Itamar, aluno da UNEB-IRECÊ e membro do Clube de Xadrez da cidade.



Em 2011, o voluntariado foi outro fator importante para o desenvolvimento das atividades. Naiane Miranda, o professor Cezário Silvino, a professora Soninha e o professor Marcelo Rodrigues têm dado sua contribuição através de atendimento, oficinas de leitura, de matemática e de violão.
Nesse sentido, o trabalho voluntário do músico Uerilton Abbude, em 2009 foi impressionante.

Ele conduziu a batuta, aos sábados, num curso de música, com introdução à flauta doce, para um público alvo diverso, de 10 a 65 anos, com aulas teóricas, pela manhã. Durante a tarde, o trabalho era prático e o silêncio da rua  quebrado para que o ritmo, comum aos ensaios, tomasse lugar, num convite ao lirismo de um dos primeiros instrumentos musicais.

A culminância desses trabalhos foi apresentada com discontração, momento em que as famílias puxaram as cadeiras para perto e assistiram seus filhos executando o “hino do natal”, a canção Noite Feliz. Vários convidados deram sua contribuição. Entre eles, os músicos Rubinho do Rio, Nei Lagoa, Geronias. Reginaldo Manso, além de cantar, trouxe o Coral do Ponto de Cultura Cantando a Cidadania, em que cerca de 15 crianças encantaram o público, com seu belo repertório, em coro e flauta. O poeta Adherrio esteve encenando “Uma Estória Atrapalhada”, ao lado de Fabiane Ferreira, em que o avô da personagem narrava a fábula “mal-contada” de Chapeuzinho Vermelho, chamando-a de Chapeuzinho Amarelo, Verde, etc, o que trouxe muito riso ao público. Adherrio trouxe, também, cinco quadros de sua autoria, obras que fazem parte de sua composição em poesia visual. O poeta Edson Júnior também marcou presença ao encontro.
Outra presença importante foi a do Professor e Poeta Pedro Correia de Souza, Licenciado pela USP, o qual deu o prazer de uma conversa sobre Castro Alves, homenagem justa à rua e ao Ponto de Leitura homônimos.



Durante o evento, foram marcantes as apresentações dos grupos de Capoeira Serpente, do Bairro São Francisco e, do bairro Paraíso, – Au de Angola, a convite do Mestre Bezerra. Também se apresentaram Marcos da Flauta, Adriano e grupo Hip Hop.


A partir de junho de 2009, recebemos apoios importantes, de várias entidades amigas da cultura. Entre as quais, a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, a Secretaria de Educação e a Secretaria de Desenvolvimento Social e Promoção da Igualdade, convênio entre a Prefeitura Municipal e a Academia de Letras de Irecê. Em 2010, a Galvani fez um investimento cultural no curso de música ministrado pelo professor Abbude Jr. Agradecemos a todos que acreditam no incentivo à leitura nos bairros. Várias instituições contribuem para o sucesso do projeto, entre as quais:




 AS MARCAS QUE ACREDITARAM, EM 2009, NESSE PROJETO