Paletó de Couro
Arre! Dê o teu aboio.
Na crina do teu cavalo,
na cristalina do olho.
Arre! Risque a estrada.
Antes que espinho te crave
vista o gibão, na caatinga.
A chuva na trave não pinga,
mas escorre no rosto.
Arre, diacho!
Que sombra morna no lombo.
Do jumento, tenho dó.
Vergado, o umbuzeiro em cacho...
sopra vesgo, em bruto tombo,
sobra-lhe este paletó.
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